Nosso entrevistado deste mês é Engenheiro Ambiental e pós-graduado em Gerenciamento de Resíduos. Faz parte do time de especialistas da Tetra Tech há quase uma década e já atuou em dezenas de projetos com foco na gestão de riscos ambientais. Apaixonado pela culinária e por seus gatos e cachorros, João Sylos, se divide entre sua casa em São Paulo e os trabalhos de campo por todo o Brasil.

No Brasil a gestão de riscos ambientais ainda está vinculada aos cumprimentos da legislação. Na sua opinião, como empresas como a Tetra Tech podem auxiliar na mudança da mentalidade das grandes corporações tornando a pauta ambiental uma necessidade além dos requisitos ambientais?

A pauta ambiental e social tem sido cobrada cada vez mais das grandes e pequenas empresas pela sociedade, sendo muitas vezes fator decisivo no momento da escolha por um produto ou serviço. Em resposta a isso, as empresas têm incorporado em seus valores e políticas os fatores ESG (Environmental, Social and Corporate Governance), objetivando a busca por uma atuação mais sustentável no seu negócio.

A Tetra Tech, para apoiar as empresas na mudança desse mind set, possui profissionais multidisciplinares com expertise na identificação e avaliação de riscos ambientais, ao negócio e a imagem por meio de auditorias ou projetos de Gaps Analysis que permitem as empresas identificarem não só o cumprimento aos requisitos legais impostos, mas também conhecerem as melhores práticas de gestão para os temas socioambientais.

Quais são os diferenciais da Tetra Tech América do Sul nos projetos que envolvem emissões atmosféricas e gestão da qualidade do ar?

A Tetra Tech tem expertise em mais de 10 anos em auditorias e suporte a gestão de emissões atmosféricas e qualidade do ar para indústrias. Atuamos no mercado de consultoria e assessoria gerencial, realizamos diagnósticos e identificamos gaps e oportunidades de melhoria para gestão deste tema. Também temos sólida experiência e cases de sucesso de auditorias e suporte a termos de compromisso em grandes players do setor siderúrgico e minerário, sendo reconhecidos como uma empresa referência na atuação de projetos de conformidade que envolvem a gestão de emissões atmosféricas e gestão da qualidade do ar.

A Tetra Tech produz Relatórios de Sustentabilidade no padrão GRI e outros de demanda corporativa. Qual a finalidade desses relatórios e por que é tão importante produzi-los nesse padrão?

Atualmente, empresas que já possuem incorporado em seus valores e políticas o gerenciamento sustentável do seu negócio, considerando os fatores ESG, utilizam-se de ferramentas de gestão voltadas para indicadores socioambientais e econômicos, como é o caso do relatório de sustentabilidade no Padrão GRI. O relatório tem como finalidade apresentar os indicadores de sustentabilidade de uma empresa, abordando com transparência ao público, os impactos positivos e negativos de natureza ambiental, social e econômica da empresa ano a ano. No que se refere a importância de elaborar os relatórios nesse padrão, por se tratar de uma metodologia de levantamento e análise de dados reconhecida no mundo empresarial globalmente, a utilização desse padrão garante às empresas e ao público, que as informações apresentadas tem sua credibilidade e idoneidade assegurada, tendo sido realizada a verificação por empresa independente, dando mais confiança ao mercado em relação as ações desenvolvidas pelas companhias.

Qual foi o principal problema que você enfrentou em projetos de resíduos sólidos? E qual foi a solução encontrada?

Não passei por um problema específico, mas gosto de ressaltar um problema crônico que vivo em projetos envolvendo o gerenciamento de resíduos. Infelizmente, grande parte das empresas ainda realizam o gerenciamento dos resíduos visando apenas destinar de forma correta e mais barata possível. Sempre encontramos barreiras quando propomos soluções diferenciadas, com alternativas que valorizem o resíduo ou até mesmo deixem de gerá-lo. Essa barreira sempre é acompanhada com a frase – “Mas nós sempre fizemos desse jeito. Vamos manter assim”. É comum as empresas terem receio a mudanças, mas cada vez mais vemos que esse é mais um fator que poderá ser considerado pela sociedade no momento da escolha de consumir um serviço ou produto. Quando realizamos consultorias e diagnósticos ambientais desse tema, apresentamos alternativas e boas práticas objetivando a valorização do resíduo e a mudança do mind set da empresa.

Conte-nos um pouco de onde vem sua paixão pelos animais e como é lidar com eles tendo um trabalho que exige tanto tempo em campo.

Sou apaixonado por animais desde criança. Sempre morei em casa e isso permitia que eu tivesse meus pets. Devo isso muito a minha mãe que sempre me fez ter muito contato com natureza e animais quando pequeno. Particularmente, para minha família, os pets têm muita importância, foi uma cachorra que ajudou minha mãe a sair de momentos difíceis emocionalmente. Desde então, se eu vejo algum cachorro, gato, pássaro ou qualquer animal que precisa de ajuda ou está abandonado na rua, eu pego e tento ajudar como posso. Por conta disso, hoje tenho 6 cachorros que moram com minha mãe, porque ela não me deixa levar eles embora e 2 gatas pretas, Filomena e Madalena, que moram comigo, todos adotados ou resgatados de rua. Quando tenho que viajar e minha namorada não pode ficar em casa também, já deixamos tudo organizado, contratamos serviços de pet sitter para que venham alimentar as gatinhas diariamente e também temos câmera instalada no apartamento para poder acompanhar elas a distância, assim matamos a saudades também.